Faixa de Gaza
 
Picture

Fotografias. Preços de hotéis,pousadas e resorts. Dicas de viagem.Pontos turísticos. Propagandas.
Seria esse o jornalismo de turismo esperado? Ou apenas um jornalismo de viagem, que se assemelha mais a um catálogo de qualquer agência?
Analisando algumas publicações conhecidas no tema (como a Viagem, Viagem e Turismo, Próxima Viagem, Viaje Mais, entre outras) acabamos percebendo que a publicidade fala mais alto do que informação - não apenas para possíveis turistas,mas também para pensadores do turismo-.
Quantas revistas ou cadernos de turismo você conhece que informe o turismólogo (profissional bacharel em turismo) sobre o pensar e fazer turismo em determinada região? Quantas colunas de analistas desta área você conhece dando sua opinião e falando sobre gestão em turismo ou hotelaria?
Picture

É sabido que o 'trade' turistico agrega uma quantidade muito grande de profissionais. Desde o frentista do posto de gasolina que serve como fonte de informação ao turista, até o gestor que pensa o turismo para determinada região. E, porque não informar essas pessoas também? Porque todas as publicações sobre o tema devem girar em torno de guias, atlas, dicas e, claro, muita publicidade?
Quem quer um guia de ruas, compra um guia de ruas. Quem quer um guia sobre Paris, compra um guia sobre Paris. Quem quer se informar sobre turismo, faz o quê?

Picture

É claro que indicar pontos turistícos, melhores hotéis, novidades e etc é interessante para quem pretende viajar. Mas, será que esse é o único 'viés' jornalístico que a área permite?
Muito mais do que meros 'diários de viagem', as publicações sobre turismo podem e devem ser mais profundas, críticas e, obviamente, com mais conteúdo. Para todos os profissionais que vivem desta área em constante crescimento, para os investidores, para os estudantes e, também, para os meros curiosos que gostam de ler uma boa crítica, uma boa coluna... Ai que vontade de ver esse turismo brasileiro 'profissionalizado' como merece!!
Seria apenas um sonho delirante de uma ex-turismóloga e quase jornalista? Espero que, com o perdão do trocadilho, não seja apenas mais uma viagem....

 


Já faz tempo que eu queria criar um blog, mas depois deste episódio 
me senti impelida a tecer alguns comentários.


O vídeo do programa humorístico de Israel, Latma, satiriza o presidente Lula e o acordo de enriquecimento de Urânio firmado entre Irã – Brasil - Turquia.  O problema maior talvez não seja a mera ridicularização do nosso presidente, ou, por equivalência, a ridicularização do nosso povo brasileiro - ato que por si só já seria bastante revoltante-. Mas, sim, tudo o que há por trás desse acordo e desse vídeo.

Muito tem se falado sobre o pacto firmado e da política internacional do Brasil. Alguns acreditam que o nosso país não deve “interferir” na política do Oriente Médio. Outros que foi um desrespeito e uma afronta a paz mundial. Mas, será que realmente foi um ato tão ‘mafioso’ assim?

O jornal britânico The Guardian realçou que o acordo “marca o nascimento de uma nova força altamente promissora no cenário internacional: a parceria Brasil-Turquia... O que se viu foi que negociadores competentes em negociações bem encaminhadas por dois líderes mundiais destruíram a versão, difundida por Washington, de que o Irã não faria acordos e teria de ser ‘atacado’”.

Já o jornal francês Le Monde elogiou o Brasil e destacou que “o Sul emergente já aparecera antes, em cena que provocou frisson e alarido no palco internacional, em domínios do meio ambiente e comércio. Essa semana inaugura nova etapa, importante sinal de quanto aumenta o poder desses países. Ei-los ativos em terreno que, até agora, permanecia quase monopólio das tradicionais ‘grandes potências’: a proliferação nuclear no Oriente Médio”.

O problema, talvez, não seja o acordo em si, ou a probabilidade de o Irã atacar nuclearmente o resto do mundo. O buraco é mais em baixo, como diria o jargão popular.

A reação contrária dos EUA foi um ato esperado. Afinal, ele sempre fora a pátria sobressalente naquelas bandas. Quem, para atacar o Iraque, criou inúmeras desculpas e motivos infundados? Quem, para atacar o Afeganistão, já tinha feito o mesmo anos atrás?

O acordo firmado pelo Brasil é o MESMO que os norte americanos tentaram impor algum tempo atrás. A diferença foi apenas a maneira em que essa negociação ocorreu. Enquanto os EUA vieram com armas em mãos e cheios de soberba, tentando fazer o Irã cair de joelhos, o Brasil, simplesmente, negociou.

Diante disso como aceitar que o ‘primo pobre’ tenha conseguido a missão que eles não cumpriram? Creditar valor a esse acordo seria reconhecer a própria incapacidade de negociação.

Sem o ‘aval’ norte americano, Israel que sempre foi financiado pelo ‘tio sam’ (com armamentos, por exemplo), acaba entrando na dança e condenando o Brasil por não ter ‘cérebro’  e ‘não conhecer a história do Oriente Médio’. Mas, cá entre nós, será que se não conhecêssemos a história tão bem desta parte do mundo, teríamos conseguido um feito que os norte americanos tentaram e só bateram na trave?